Usuários Online

Tecnologia do Blogger.

Qual o Melhor Game Lançado em 2015 ?

Inscreva-se no Canal Tecno Jogos

Wikipedia

Resultados da pesquisa

Tradutor de Páginas

Popular Posts

Popular Posts

Parceiros do BLOG Tecno Jogos

quinta-feira, 10 de março de 2016

VIVA AS MINORIAS!!


'É nosso dever incluir todo tipo de gente', diz artista de 'TowerFall'

Amora Bettany luta por presença de mulheres e minorias em videogames.
'É importante que quem jogue o jogo se sinta representado', diz brasileira.


Rosa é cor de menina e azul é cor de menino. Protagonistas de filmes e games devem ser homens brancos, fortes e com a barba por fazer. E as mulheres, é claro, não passam da motivação necessária para o personagem masculino encontrar forças para encarar a aventura.
Entendeu direitinho? Agora pegue todos esses estereótipos e jogue no lixo. Esse é um pensamento do passado. E subverter essas convenções culturais dentro dos jogos é o grande objetivo de Amora Bettany, do estúdio paulistano Miniboss, que criou os personagens do hit indie "TowerFall". Assista ao vídeo acima.
Videogame é coisa de menina sim. Neste Dia Internacional da Mulher, o G1 conversou com mulheres que jogam e trabalham com jogos no Brasil, enfrentando preconceito e machismo por uma paixão que não tem gênero. Leia também a entrevista com Cristina Santos, mulher com maior pontuação de Xbox no Brasil.
"Não é uma questão de gosto. É o nosso dever, de qualquer pessoa que cria, que se expressa, tentar incluir todo tipo de gente e de ideias", diz Amora, que trabalha no desenvolvimento do conceito por trás dos personagens dos games da Miniboss.
"É importante que quem assista ao filme, jogue o jogo, ou consuma qualquer tipo de arte ou mídia se sinta representado. É preciso ter sempre em mente a representatividade das mulheres e das minorias", ela conta ao G1durante conversa na casa e escritório da Miniboss, no bairro da Liberdade, em São Paulo.

Todo tipo de gente e de ideias
Segundo estudo publicado em abril de 2015 nos Estados Unidos pela ESA (Entertainment Software Association), associação responsável pela organização da feira de games E3, 155 milhões de norte-americanos jogam videogame regularmente. Desses, 44% são mulheres. A pesquisa diz ainda que a fatia de jogadoras com 18 anos ou mais é maior que a de jogadores com 18 anos ou menos – 33% contra 18%.

Os números são claros: existe quase uma igualdade (ou predominância, em alguns casos) de mulheres em relação aos homens no consumo de games. Esse equilíbrio, porém, ainda não é visto dentro da maioria dos jogos, e essa é a tarefa em que Amora e a Miniboss estão firmemente engajados. "TowerFall" é o maior exemplo disso.
Metade dos personagens de 'TowerFall' é feminina. E todos eles brincam de maneira natural e divertida com convenções de gênero (Foto: Reprodução/TowerFall)
   Por isso "TowerFall" é um dos principais exemplos atuais de representatividade dentro dos videogames. A ideia partiu do canadense Matt Thorson, designer do jogo, que exigiu à Amora e à Miniboss que as personagens femininas não fossem sexualizadas. O pedido deu um estalo na brasileira, que na época ainda se enxergava "programada a agir de forma sempre inferior ao homem"."É difícil ter consciência disso e desaprender. As pessoas são criadas assim", ela lamenta. "Sempre quis colocar garotas interessantes nos jogos, mas não sabia como. Tanto que no 'Deep Dungeons of Doom' a única mulher é seminua. No 'Talbot's Odyssey', sugeriram que o personagem tivesse um lacinho rosa no modo fácil. Vários machismos. E na minha cabeça eu pensava: 'Ah, mulher em jogo é assim'".
O que não é sexualizado?
O encantamento e o desejo de ser mais representativa e igualitária foi tão grande que Amora admite que a balança acabou pesando para o outro lado em "TowerFall", situação que ela também não considera ideal e que tem sido ajustada para o próximo game da Miniboss: a aventura "Skytorn", com lançamento previsto para PlayStation 4 e PC em 2016."Eu me perguntei: 'o que não é sexualizado'? Deve ser não ter peitos. E aí você olha a Azul e a Verde e elas estão cobertas da cabeça aos pés. Eu entrei em pânico", ela brinca. "As duas funcionaram, mas dois anos depois eu sei que não é bem assim. Fazer uma personagem feminista não é cobrir ela inteira, colocar uma burca".
 

     Na opinião de Amora, ser representativo não é incluir obrigatoriamente um exemplar de cada gênero, etnia ou fisionomia, como se fosse preciso atingir uma cota. "Você quer representar todo mundo e faz algo que não conversa entre si". A questão é tratar todos os tipos de pessoas com naturalidade, importância e harmonia dentro do tema do game.

   "O universo pós-apocalíptico de 'Skytorn' é um cenário que levanta essas questões, mas está disfarçado de fantasia. A protagonista de 'Skytorn' é mulher e negra, e quase não existem personagens assim. Só consigo lembrar da Jade, de 'Beyond Good & Evil', e uma ou outra coadjuvante", ela diz."Mas você quase não nota a cor da pele dela. Não existe a conotação do nosso mundo. E não houve nenhuma reação exagerada. Isso significa que as pessoas estão absorvendo a personagem de maneira natural"."O design de personagens de 'Skytorn' é algo bem mais consciente do que em
    'TowerFall'. Estou totalmente livre para criar. E tentando inverter tudo que puder, mas não de maneira forçada".Amora cita também o caso das personagens femininas do MOBA "Dota 2" como um bom exemplo de design abrangente. "Tem uma que é completamente pelada, mas ela é uma Succubus [demônio mitológico feminino que se alimenta da energia sexual dos homens]. Então é óbvio que ela vai usar biquíni, pois é toda sensual                                                                       "Protagonista de 'Skytorn' é mulher e negra. Para                                              Amora Bettany, isso tem que ser encarado com
                                                       naturalidade, e não surpresa (Foto: Amora Aquivo pessoal)                                                                                                                   
   "Tem outra que é líder de exército e usa uma armadura. E tem um dragão muito legal que, olha só, é mulher. Uma dragoa, na verdade. Não é aquela ideia de 'ela é mulher porque ela tem filhos'. Não, ela só calhou de ser mulher. Elas têm que estar no meio da história como pessoas normais. Porque nós somos pessoas normais".
Miniboss também criou personagens do game de aventura 'Skytorn', que será lançado em 2016 para PlayStation 4 e PC

← Postagem mais recente Postagem mais antiga → Página inicial

0 comentários:

Postar um comentário