Análise Dark Souls 3 – O fechamento Magnífico de uma trilogia
FROM SOFTWARE FECHA A TRILOGIA COM CHAVE DE OURO
Peguei o telefone rapidamente e liguei pra esse amigo:
– Rapaz, que jogo inacreditavelmente bom é esse? – Falei em tom eufórico.
– É bom, né? – Respondeu meu amigo, que provavelmente sabia que eu teria essa reação, mas foi cortês o suficiente para não falar: “Eu já sabia…”
Dark Souls 3, lançado neste ano, continua me trazendo essas mesmas sensações. A euforia depois de uma vitória é inevitável, mesmo depois de ter jogado todos os jogos da série. Todos os outros elementos fundamentais continuam lá: level design intrincado, história obscura e combate preciso. O leitor deve estar se perguntando sobre a dificuldade, mas isso vou deixar pro final da análise.
O provável último jogo da franquia Souls (até que eles mudem de ideia, porque tá vendendo que nem banana) herdou a velocidade de movimento de Bloodborne. Esse foi um grande acerto da From Software, já que o ritmo da ação em Bloodborne foi muito elogiado e funciona bem no contexto de Dark Souls. Outra novidade são os “stances“, movimentos especiais de cada arma que deixam o combate ainda mais sofisticado. Tirando esses dois detalhes, não há mais muita coisa em Dark Souls 3 que não tenha aparecido nos jogos anteriores. É mais do mesmo, mas isso está bem longe de ser ruim.
NÃO MORRA SOZINHO
O co-op de Dark Souls é a porta de entrada perfeita para os novatos da série. Ao ajudar alguém, você não perde as suas almas e consegue explorar o cenário com mais tranquilidade. Depois de navegar bastante, você pode se arriscar ir sozinho ou pode chamar alguém pra te ajudar. Nesse processo, provavelmente você já vai ter aumentado bastante o nível do seu personagem e isso é fundamental para ter um bom aproveitamento do jogo. Nunca se afobe para ir para uma nova fase.
Eu fiquei umas boas 5 horas somente no primeiro cenário, jogando on-line e recolhendo todos os itens da fase. Obviamente, aproveitei para deixar meu personagem mais forte. Meu objetivo era conseguir matar o primeiro bicho que aparece com apenas um golpe. Depois que eu conseguisse fazer isso, podia pensar em avançar para o chefe e passar de fase. Dark Souls premia a paciência e exploração. Sair correndo pra matar todo mundo geralmente não funciona bem.
É DIFÍCIL OU NÃO É?
A franquia Souls gera discussões infinitas na internet. Algumas pessoas criticam o jogo por ele ser difícil e outras gostam dele justamente por isso. Me lembro claramente que a From Software disse que Dark Souls 2 seria mais fácil que o 1. Porém, os fãs furiosos fizeram a empresa mudar de opinião. Eles não falaram mais sobre o assunto, mas deu pra perceber que alguns elementos de design de Dark Souls 2 eram um pouco diferentes. Os bonfires(checkpoints do jogo) estavam mais próximos e o cenário não tinha aquelas armadilhas safadas de Demon’sSouls.
Só que uma pergunta interessante que podemos fazer é: os jogos ficaram mais fáceis ou a gente ficou mais esperto? A série Souls te treina, te deixa mais ágil e te prepara para lutas extremamente difíceis. Depois de tantos anos jogando, é possível o público já esteja adaptado.
No fim das contas, a discussão sobre a dificuldade do jogo perde o sentido. Dark Souls 3 é extremamente divertido e empolgante e não muda em nada a fórmula que consagrou os jogos anteriores. Quem jogou e gostou, vai continuar gostando. E para quem está se aventurando pela primeira vez, cuidado pra não gritar muito alto quando conseguir matar o primeiro chefe.
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